terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

De uma cama de hospital

Adoro avanços tecnológicos que me permitem, aqui, de uma cama de um hospital na Dinamarca, continuar a escrever meu blog, me comunicar com minha família e continuar acompanhando o noticiário no Brasil. Pois é, estou novamente internada no Rigshospitalet, o maior hospital da Dinamarca. Desta vez o motivo me deixa alegre: fui submetida a uma cirurgia plástica para reconstrução do meu seio esquerdo, a que foi removida devido ao câncer de mama.

A cirurgia aconteceu antes de ontem e tudo correu como planejado. Os médicos fizeram um corte de uns cinco centímetros sobre a antiga cicatriz e colocaram sob a pele e músculo peitoral uma espécie de balão chamado de expander (ekspander em dinamarquês) que encheram com uma solução salina. Daqui a duas semanas terei de voltar ao hospital para que o balão receba mais líquido. O enchimento do balão vai se repetir por outras quatro a seis vezes. Três a quatro meses depois da última vez que encherem o balão do meu peito, serei operada novamente para que um implante definitivo de silicone seja implantado.

Todo o procedimento com o expander se fez necessário porque, quando fui operada para retirada do tumor, parte da pele do peito também foi retirada. Portanto, para que um implante de silicone coubesse sob a minha pele, ela teria de se expandir, o que está sendo possível graças ao expander.

Ufa! Espero que minha explicação de paciente leiga esteja correta. Tanta explicação científica me lembra dos meus tempos de repórter da revista Ciência Hoje. Ah, que saudade de jornalismo científico. Por favor médicos de plantão, me corrijam se escrevi alguma besteira.

Nenhum comentário: