sábado, 6 de março de 2010

TV dinamarquesa: Brasil – a nova potência mundial

Interessante ver como a imagem do Brasil mudou por estas bandas. Esta semana o canal de televisão DR2, que com seus bons documentários e programas jornalísticos na minha opinião é o melhor canal aberto da Dinamarca, dedicou uma série de reportagens ao Brasil no programa DR2 Udland (DR2 Exterior), transmitido de segunda a sexta-feira. O nome da série diz muito sobre como os dinamarqueses estão começando a ver nosso país: Brasil – a nova potência mundial (Brasilien – verdens nye stormagt).

As reportagens trataram de várias questões como a boa fase da economia brasileira, as ambições brasileiras no cenário diplomático e militar internacional, sucessão do Lula, racismo e desigualdade social. Tudo de uma maneira bem superficial, embora eu não ache que tenham dito nada errado, mesmo que eu não concorde muito com algumas das opiniões emitidas.

De qualquer maneira, já não era sem tempo. Adoro samba, futebol e sou defensora ardorosa das florestas brasileiras, mas já estava cansada de sempre ouvir falarem do meu país como se lá os homens não fizessem outra coisa a não ser jogar futebol e as mulheres andassem o ano inteiro trajando fio dental e dançando samba no meio da Floresta Amazônica, onde, claro, está fincada a estátua do Cristo Redentor. Claro que há muitos dinamarqueses extremamente bem informados sobre o que acontece ao sul da linha do Equador, mas também há muitos que só agora estão descobrindo que há mais do que samba, floresta e futebol no lugar de onde veio. Agora só precisam descobrir que falamos português e não “brasiliansk” nem espanhol.

2 comentários:

Fabio Pereira disse...

I like!

A imagem do Brasil está a mudar também por outras bandas.
Algumas semanas atrás o jornal "The Economist" publicou um relatório dedicado ao Brasil onde escreveu:

“…in some ways, Brazil outclasses the other BRICs. Unlike China, it is a democracy. Unlike India, it has no insurgents, no ethnic and religious conflicts nor hostile neighbours. Unlike Russia, it exports more than oil and arms, and treats foreign investors with respect. Under the presidency of Luiz Inácio Lula da Silva, a former trade-union leader born in poverty, its government has moved to reduce the searing inequalities that have long disfigured it. Indeed, when it comes to smart social policy and boosting consumption at home, the developing world has much more to learn from Brazil than from China. In short, Brazil suddenly seems to have made an entrance onto the world stage.”

Margareth Marmori disse...

Me agrada o vínculo desse trecho do "The Economist". Apesar dos atropelos dos políticos, o Brasil está mesmo dando mostras de que escolheu o caminho da democracia e, mais recentemente, finalmente o da diminuição das desigualdades sociais.