sábado, 19 de junho de 2010

Dinamarca vence Camarões na noite clara de verão

Assisti ao jogo Dinamarca versus Camarões ao lado do meu marido, que é dinamarquês. No primeiro tempo só fiquei dando uma olhadinha de vez em quando na telinha. Para falar a verdade, não colocava muita fé no time vermelho e branco. Mas devo dizer que a boa atuação dinamarquesa me surpreendeu e acabei prestando mais atenção ao jogo no segundo tempo.

Até que tentei torcer para a Dinamarca, o que é um exercício um tanto quando desanimador. Quando o time fez o primeiro gol, fiquei esperando para ouvir gritos de júbilo ecoando pela cidade de Copenhague. Mas que nada. As ruas do bairro onde moro continuaram desertas, a noite clara de verão se manteve inalterada, pontilhada apenas pelo canto de um pássaro aqui, outro acolá e pelo som distante da autoestrada vizinha do quarteirão.

Aí veio o segundo gol da Dinamarca. Desta vez, pensei, a reação entusiasmada dos torcedores vai se fazer ouvir. Abri a janela da sala e esperei: um, dois, três, quatro, cinco e... nada. Decepção. De novo tudo calmo e plácido. Nenhum berro de alegria, nenhum fogo de artifício, nenhuma buzina. Que paz! Que tranquilidade! Enfim, que chatice!

5 comentários:

Márcia Marmori disse...

Queridinha, venha para o Brasil!!! Rss.... Chega uma hora que a gente grita: que chatice!!! NÃO AGUENTO MAIS BARULHO!!!! Mas no final das contas, a gente acha legal!

Bjcas

Ilaine disse...

Então você mora na rua errada. Na minha tinha festa até de madrugada, foi impossível dormir. Sem falar da festa do centro. Torço de coração para a Dinamarca, e é um exercício delicioso. Sim, uma chatice, o carnaval no Fælledparken, a festa das culturas na beira do cais, as noites claras, os cafés, o mar, as flores, o verde, os cruzeiros na Langelinie, Roskilde Festival, os parques lotados, a meninada bonita, as bicis. Ah, Copenhague! Enfim, uma ADORÁVEL chatice!

Margareth Marmori disse...

Querida Ilaine,
Talvez eu more no país errado, mas definitivamente não moro na cidade nem na rua errada. Na verdade, adoro minha rua: tranquila, onde quase não passam carros, o que é fantástico para as crianças, ótimos vizinhos etc. Mas na hora de festa, sinto falta, e muita, do Brasil e dos brasileiros porque, como diz Caetano "respeito muito as minhas lágrimas, mas ainda mais minha risada ...". E me reservo o direito de continuar sentindo uma saudade imensa, vasta do meu país.
Abraços e, se você ainda torce pelo Brasil,parabéns pela vitória de ontem à noite

Ilaine disse...

Eu sou louca pelo Brasil e isto está dito muitas vezes em meu blog - já de saída - em meu perfil. Amo meu país de forma adoidada e torço feito uma desesperada e me lavo em lágrimas na hora do Hino Nacional. Assim como gritei e chorei ao saber que o Rio foi escolhido para as olimpíadas. De tanta emoção fiz um post no blog quando vi a bandeira estendida no Hotel Sankt Petri. Este meu amor pela patriazinha torno público todas as vezes que surge uma oportunidade. Sempre quando posso, grito aos quatro ventos que sou brasileira e este é, na verdade, meu maior orgulho. E saudades? Nossa, de tantas saudades que sinto viajo duas vezes ao Brasil por ano. E em 2012 passaremos um ano inteirinho na Pátria Amada. Já estou a contar os dias e os meses... Ainda assim, sobra carinho para outros lugares também.

Pois, era melhor não falar nada... mas acabei por defender meu amor pelo lugar em que nasci. Nunca acreditei que fosse necessário.

Templo de Umbanda Cabocla Guacira De Xangô disse...
Este comentário foi removido pelo autor.