sábado, 7 de junho de 2008

Quarta sessão

Já faz um tempo que não apareço no blog. É que o tempo aqui anda tão bom que é impossível resistir e não inventar qualquer coisa para fazer ao ar livre. Junte-se a isso visita de parentes dinamarqueses e uma virose que atacou a Gabriela, que não me deixaram tempo nem para respirar.

Mas agora que realmente passei pela metade do meu tratamento quimioterápico, tenho de escrever.

Ontem de manhã recebi minha quarta dose de drogas quimioterápicas. Faltam agora penas duas sessões e nessas três últimas vezes estou recebendo um tratamento diferente do que recebi nas três primeiras vezes. Uma coisa boa desse outro tipo de medicação é que os enjôos vão praticamente acabar mas, para compensar, tenho de me preparar para vários outros efeitos colaterais. O cansaço vai continuar e provavelmente vão aparecer dores de de cabeça, musculares, nas juntas dos ossos, azia e outras cositas mais que prefiro nem listar para não ficar muito chata.

Hoje à tarde recebi uma injeção daquele medicamento, cujo princípio ativo se chama pegfilgrastim em inglês, para estimular minha produção de glóbulos brancos e que me causou tanto mal estar três semanas atrás. Assim como acontece com o tipo de quimioterapia que recebi ontem, os piores efeitos colaterais da injeção que recebi hoje só vão se fazer sentir daqui a dois ou três dias.

Por enquanto estou me sentindo bem, embora tenha aparecido uma leve dormência na ponta da língua, minha boca esteja com um gosto muito estranho e de vez em quando sinto coceira nos braços e pernas. Tudo previsto na longa descrição de efeitos colaterais que recebi do hospital.

Me disseram que os efeitos colaterais da tal injeção não são tão fortes numa segunda dose e estou torcendo para que isso seja verdade. O problema é que os efeitos colaterais da quimioterapia são muito semelhantes aos causados pela injeção, e uma pode reforçar os efeitos da outra, o que pode me deixar meio para baixo amanhã ou depois. É esperar para ver.

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