segunda-feira, 22 de junho de 2009

Lembrete linfático

Hoje percebi que o que mais me aborrece em relação ao linfedema é sua visibilidade. A braçadeira que preciso usar quase diariamente torna o problema desagradavelmente visível e volta e meio tenho de responder a perguntas de pessoas, a maioria bem intencionada, que involuntariamente me relembram o motivo inicial do linfedema: o câncer de mama.

O linfedema é a sequela que mais frequentemente me faz lembrar que ainda sou uma paciente de câncer. É também o que mais me obriga a encarar a realidade de que nunca mais serei aquela que fui antes do câncer. Os dias me trazem inúmeros lembretes dessa realidade: de manhã cedo ao vestir a braçadeira, mais tarde brincando com a minha filha, na hora de pegar a sacola pesada de compras do supermercado, quando vou molhar as plantas com o regador cheio d'água, etc.

Afora essa visibilidade, até que estou vivendo bem com esse meu novo mal. Uso a braçadeira e me massageio e de de vez em quando vou à fisioterapeuta, uma moça tão doce a simpática que eu gostaria de rever mesmo que não precisasse do tratamento.

Um comentário:

Anônimo disse...

Estoy de acuerdo contigo,Margaret.Para mi es también difícil,especialmente en ocasiones en las que por algún motivo me gustaría una ropa un poco especial...
Ahora en verano también pienso más en ello cuando quiero ponerme una camiseta con manga corta y al final no lo hago para no terminar siendo mal educada con quien mira o pregunta cuando no tengo ganas de dar muchas explicaciones...Supongo que el clima de Dinamarca puede ayudar un poco y eso hay que verlo como una ventaja,no?Ya sabes...aquello que se dice de "mirar la botella y verla medio vacía o medio llena"
Grande abraço