sábado, 17 de abril de 2010

Aniversário da Margrethe II, de novo

Hoje todos os ônibus da Dinamarca circularam com bandeirinhas brancas e amarelas. Havia “dannebrog” hasteada para todo lado que se olhava. “Dannebrog” é o nome da bandeira dinamarquesa, que é usada para marcar aniversários de nobres e plebeus na Dinamarca. A profusão de bandeiras de todos os tamanhos de hoje marcou o septuagésimo aniversário da rainha Margrethe II.

O dia foi de festa para a rainha e muitos dos súditos mais leais. Milhares de pessoas foram a Amalienborg, a praça onde fica o palácio real, para cumprimentar de longe a aniversariante, que apareceu com o marido, filhos, noras e netos, numa varanda para acenar lá do alto para as milhares de pessoas lá embaixo. Eu não estava entre eles. Meu trabalho é bem perto do palácio real, mas hoje tive um curso no outro lado da cidade e nem precisei chegar perto das celebrações.

No carro, a caminho do curso, ouvi no rádio um historiador que, ao falar do nascimento e relembrar os momentos mais marcantes da vida da rainha, me deu algumas dicas para tentar entender por que a Margrethe II é tão popular. O historiador, cujo nome não ouvi, contou que Margrethe, a mais velha das três filhas do rei Frederik IX, nasceu durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Dinamarca estava sob ocupação alemã. Para o historiador, o nascimento daquela criança reavivou em muitos a esperança de um futuro melhor.

Durante a ocupação alemã, a monarquia ganhou popularidade, principalmente devido à atuação do rei da época, Christian X, avó de Margrethe II. A atitude altiva do rei diante dos alemães foi admirada pelo povo e ajudou a manter a dignidade dos dinamarqueses, algo fundamental para manter a unidade do país que se rendeu praticamente sem resistência aos invasores.

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